Geral 4u2a5d
Estudo aponta desigualdade de gênero no trabalho doméstico e de cuidados não remunerado no Brasil 1q3k3b
O simples fato de ser mulher leva a um aumento de 11 horas por semana no trabalho doméstico e de cuidados não remunerado. 4w226e
Sex, 06 Outubro de 2023 | Fonte: Assessoria de Imprensa
Um estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta quarta-feira (04/10), mostra que no Brasil, as mulheres desempenham uma carga maior de trabalho doméstico e de cuidados não remunerados em comparação com os homens. Os resultados indicam que a posição ao longo da vida tem um efeito muito mais forte sobre as mulheres, especialmente quando há presença de filhos, o que amplia o tempo gasto entre várias atividades.
Os resultados apresentados no estudo “Gênero é o que importa: determinantes do trabalho doméstico não remunerado no Brasil” apontam que, o simples fato de ser mulher leva a um acréscimo de 11 horas semanais no trabalho doméstico e nos cuidados não remunerado. Além disso, analisa como a posição no curso de vida, a disponibilidade de tempo, os recursos relativos em uma família ou as normas de gênero, as respostas compensatórias ou neutralização dos desvios de gênero (gender display), determinam as desigualdades de gênero no trabalho reprodutivo entre casais brasileiros.
Segundo o estudo, o impacto das crianças pequenas nas jornadas reprodutivas das mulheres é o dobro em comparação para os homens, mas diminui à medida que as crianças crescem. Por outro lado, a presença de filhos adolescentes (15 a 18 anos de idade) alivia a carga de trabalho dos pais. No entanto, existe uma tendência de gênero: filhos de ambos os sexos reduzem o tempo gasto pelos pais, mas apenas filhas adolescentes contribuem para a redução das responsabilidades reprodutivas das mães.
Quando há outros adultos no domicílio, além do casal, o trabalho doméstico dos homens é reduzido, especialmente se essa pessoa for uma mulher. A presença de idosos com 80 anos ou mais de idade afeta de maneira diferente as mulheres e homens, aumentando a carga de trabalho reprodutivo delas – ter um filho de 4 a 5 anos – mas não gerando efeito sobre eles. Esse resultado equivale cerca de 3,5 horas por semana para as mulheres e sem efeito para os homens.
Os dados evidenciam que a idade tem efeitos leves sobre as jornadas reprodutivas femininas e masculinas, principalmente devido a pequenas mudanças comportamentais. Homens mais jovens (entre 18 e 29 anos) tendem a ar mais tempo no trabalho não pago, mas isso não altera a estrutura da divisão sexual do trabalho reprodutivo.
Em relação aos ganhos individuais, a situação aumenta o poder de negociação para quem assume a maior parte das responsabilidades referente ao trabalho doméstico e dos cuidados não remunerados. Num relacionamento, quando uma mulher ganha mais no trabalho remunerado, ela tende a dedicar mais tempo às tarefas domésticas. Por outro lado, homens que contribuem com menos renda do que suas parceiras tendem a reduzir sua participação nas tarefas domésticas.
Os resultados apontam que os papéis de gênero desempenham um papel mais significativo no envolvimento das mulheres nas tarefas domésticas do que a diferença de renda entre o casal. A educação é um fator que ajuda a reduzir as relações de gênero, pois mulheres com níveis mais elevados de escolaridade dedicam menos tempo às tarefas domésticas, enquanto homens com mais educação aumentam seu envolvimento. Os valores tradicionais de gênero também influenciam a alocação de tempo no trabalho reprodutivo.
Veja Também 724n1l
A atual bancada feminina da Câmara dos Deputados e do Senado Federal recriou nesta terça-feira (3) a foto histórica da chamada "bancada do batom", feita pela...
A comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados realizou audiência pública na quarta-feira (4) para debater a regulamentação da atividade dos trabalhadores de...
Ferramenta importante de o aos dados abertos do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), o Detran em Números foi reformulado...
Últimas Notícias q4s4e
- 09 de Junho de 2025 MPMS abre inquérito para apurar queimada de mais de seis mil hectares em reserva legal em Corumbá
- 09 de Junho de 2025 Educandos da Cidade Dom Bosco produzem documentário sobre o combate ao trabalho e ao abuso infantil
- 09 de Junho de 2025 Araras-azuis e araras-vermelhas disputam ninho artificial em atrativo em Bonito
- 09 de Junho de 2025 Indústria já abriu 6.661 novas vagas de emprego em Mato Grosso do Sul em 2025
- 09 de Junho de 2025 Com alta de 11,7%, turismo cresce em Mato Grosso do Sul e impulsiona a economia regional
- 09 de Junho de 2025 Brasil e Interpol vão ampliar colaboração mútua no combate ao crime
- 09 de Junho de 2025 Paulo Duarte é o autor da lei que fomenta o conhecimento sobre a necessidade de doação de sangue em MS
- 09 de Junho de 2025 População é beneficiada com entrega de óculos em Ladário
- 09 de Junho de 2025 Corumbá abre inscrições para concursos de Andores e Miniandores de São João
- 09 de Junho de 2025 Novo Detran em Números melhora a experiência e usabilidade do usuário no o aos dados abertos
- 08 de Junho de 2025 No mês de maio, Pantanal e Cerrado registram continuidade na queda no desmatamento; Amazônia é afetada por incêndios e seca histórica
- 08 de Junho de 2025 Operário leva três gols em dez minutos e é goleado pela Inter de Limeira na Série D
- 08 de Junho de 2025 Instituto cria técnicas inovadoras de prevenção e combate ao fogo
- 08 de Junho de 2025 ENTRE ALGORÍTIMOS E ALFORRIA
- 08 de Junho de 2025 LUTAR EM VEZ DE COMEMORAR